quinta-feira, 9 de junho de 2011

Prosa Medieval



O primeiro período da Época Medieval era caracterizado pelo Lirismo Trovadoresco e pela Prosa Anônima, assim chamada por não sabermos a quem pertence. Era feita nos conventos, pelo que também pode ser designada por prosa conventual ou monástica.


Até ao reinado de D. Dinis, os documentos eram escritos em latim bárbaro. É este rei que ordena que os documentos passem a ser escritos em romanço (português). Aproveitando a ação cultural desenvolvida pelos frades de Santa Cruz de Coimbra, de São Vicente de Lisboa, do Lorvão e de Alcobaça, D. Dinis fomentou a produção literária em língua portuguesa. Foi, pois, a partir do reinado de D. Dinis que se começou a desenvolver a prosa, enquanto decaía a poesia.

Assim, as primeiras obras em prosa são de feição religiosa e didática, social e moral:
-
Hagiografias (biografias de santos); relatos bibliográficos de figuras canonizadas, escritos em latim.
- Lendas pias.
-  Contos morais (Orto do Sposo, escrito pelos frades de Alcobaça).
- Fábulas (Livro de Esopo)
- Regras monásticas (de que é exemplo a Regra de São Bento, da Ordem de Cister de Alcobaça).
Ao lado destas obras, de feição religiosa e moral aparecem os primeiros ensaios históricos, ainda rudimentares e anônimos:
- Cronicões  (registro de documentos historiográficos); relatam, de forma romanceada, os episódios históricos/sociais do século XIV; foram quase todos escritos pelos frades.

De: Tati. Rodrigues (:

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Produção Literária Medieval


A obra medieval em prosa  é composta por narrativas de 4 tipos Cronicões,
Hagiografias, Nobiliários e Novelas de Cavalaria.


Cronicões

Narrativas de fatos históricos importantes colocados em ordem cronológica,
entremeados de fatos fictícios. A Reconquista também referenciada como 
Conquista cristã ;é a designação historiográfica para o movimento cristão
com início no século VIII que visava a recuperação cristã das terras perdidas
para os árabes durante a invasão da Península Ibérica.

Hagiografias

Textos não necessariamente históricos, como a descrição dos martírios,
lendas, tradições, vida religiosa e revelações, a devoção; com especial 
atenção aos milagres e processos canônicos de beatificação e/ou santificação.

Nobiliários 

Registravam as linhas genealógicas da nobreza. A compilação dos nobiliários
obedeceu a uma finalidade essencialmente prática: evitar casamentos
consanguíneos e esclarecer os direitos relativos a patrimônios e heranças.

Novelas de Cavalaria 

Narrativas literárias em capítulos sobre um herói, seus cavaleiros e
seu amor por uma donzela. Os obstáculos e desventuras incentivam
o herói ao invés de torná-lo impotente como acontece nas cantigas.
Normalmente o casal central  não tem final feliz e é severamente
punido pelo pecado cometido, já que a amada é sempre casada, 
prometida ou religiosa (freira).
Os heróis medievais não têm a força física exagerada dos heróis
da Antigüidade, mas são sempre jovens, belos e elegantes. Suas 
amadas são sempre as mais belas do reino.
A maioria das novelas de cavalaria portuguesas são traduções
ou adaptações de novelas francesas ou inglesas.


by: Aryel
Cronicões

Hagiografias

As hagiografias (= vidas de santos), escritas em Latim, ainda menos significado literário ostentam.

taah tudo beim que é só um pedacinho mais pelo menos sabe da onde que vem rsrs


By: Caah
CRONICÕES

Os Cronicões são de grande importância para o estudo da evolução da língua portuguesa, mas, sobretudo como fontes históricas.
Embora ainda sem a crítica objectiva, os Cronicões fornecem-nos conhecimentos dos costumes da época e uma visão dos factos principais da História dos nossos primeiros reis.

Os principais Cronicões foram publicados por Alexandre Herculano no Portugaliae Monumenta Histórica e são os seguintes:

 Crónica Breve do Arquivo Nacional – simples enumeração de factos particulares respeitantes aos nossos primeiros reis até D. Dinis.
 Crónicas Breves e Memórias Avulsas do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra.
 Crónica da Conquista do Algarve – conta como Dom Payo Correa tomou o reino do Algarve aos mouros.
 Crónica da Fundação do Mosteiro de São Vicente de Lisboa – narra a conquista de Lisboa por D. Afonso Henriques e a fundação do mosteiro de S. Vicente por este monarca.


(Ana C.)
Nobiliários

Os Livros de Linhagens, a que no século XVI se deu também o nome de Nobiliários,
são quatro obras escritas durante a Idade Média onde se descreve a
genealogia das principais famílias nobres no reino. O primeiro, também
chamado Livro Velho e o quarto, conhecido como Nobiliário do Conde D. Pedro de Barcelos, estão completos. Dos restantes chegaram até nós apenas fragmentos (Segundo de Linhagens, ou Segundo Livro Velho, e Terceiro Livro de Linhagens, ou Nobiliário da Ajuda). O Livro do Conde D. Pedro de Barcelos
é o mais desenvolvido dos quatro, tendo o autor pretendido apresentar
um resumo da história universal. D. Pedro, Conde de Barcelos, era filho
natural de D. Dinis e bisneto de Afonso X. Os Livros de Linhagens foram publicados no século XIX por Alexandre Herculano nos Portugaliae Monumenta Historica, volume dedicado aos Scriptores.


By: Caah